GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA?
Igreja nas Casas
"Eis que
estou à porta e bato" (Ap 3,20)
1 O que são Grupos Bíblicos em Família (GBF)?
São grupos que se
encontram “em família” (em clima familiar) para rezar (oração), refletir a
realidade à luz da Palavra de Deus (reflexão) e comprometer-se com a vida em
todas as dimensões (ação), visando a transformar as pessoas, as comunidades e a
sociedade.
2 Como surgiram?
O Concílio
Vaticano II apresentou a Igreja como povo de Deus em comunhão, sinal e
instrumento do Reino, pequeno rebanho no meio da sociedade. Incentivou a
leitura e o estudo da Bíblia, como alimento para a fé e o compromisso dos fiéis.
Para pôr em prática este novo modo de ser e viver a fé, a Igreja de Santa
Catarina incentivou a criação dos Grupos de Reflexão, com o propósito de
reunir pessoas para rezar e refletir a Palavra de Deus e, à sua luz, colaborar
com a transformação da sociedade. O projeto de evangelização “Rumo ao Novo
Milênio” (1996-2000), instituído pela CNBB, fortaleceu os Grupos de Reflexão.
Iluminou-os com o jeito de ser Igreja das primeiras comunidades cristãs. Fez
deles instrumentos de evangelização inculturada, de renovação das comunidades
no mundo urbano e rural e de presença eclesial na sociedade. Na Assembléia
Arquidiocesana de Pastoral de 2005, para enfatizar a centralidade da Bíblia e o
espírito de família dos grupos, foi proposta e votada a mudança do nome e da
sigla para: Grupos Bíblicos em Família (GBF).
3 Por que é prioridade?
Tanto a Igreja em
Santa Catarina como a nossa Arquidiocese entendem que os GBF são a Igreja na
base, nas casas, no chão da vida. Neles é possível concentrar diversas ações
evangelizadoras e pastorais da Igreja, como a leitura refletida e orante da
Bíblia, a catequese com adultos, o aprofundamento da fé, o despertar de
vocações e ministérios, a formação de lideranças, a prática concreta do amor, a
solução de conflitos pessoais e grupais. Os GBF formam comunidades
concretas de fé, porque manifestam a presença de Jesus no meio do povo (Mt
18,20) e testemunham a mensagem de esperança de Jesus Ressuscitado que prometeu
permanecer conosco até os fins dos tempos (Mt 28,20).
4 Como os Grupos Bíblicos em Família se organizam na
Arquidiocese?
A organização dos
GBF começa na comunidade, e os grupos se organizam por ruas ou setores. Em
cada comunidade, paróquia e comarca haja uma equipe que coordene a articulação
dos grupos e a criação de novos grupos; atenda à formação dos animadores e
animadoras dos grupos; e organize, no respectivo nível, encontros para
animadores, animadoras e membros de grupos. Os Grupos Bíblicos em Família
são orientados por uma Equipe Arquidiocesana de Coordenação que dinamiza e
fortalece a sua caminhada. Cabe a essa equipe a organização de encontros
arquidiocesanos para a formação de animadores e animadoras e a produção de
subsídios, com a colaboração de uma equipe de elaboração e revisão de
livretos-roteiros para uso dos GBF no decorrer do ano litúrgico. Para o
bom funcionamento dos GBF, é importante que cada comarca ou paróquia reserve um
dia da semana para os grupos se encontrarem.
5 Qual a importância dos Grupos Bíblicos em Família e por
que participar?
• O Grupo Bíblico
em Família ajuda a pessoa a ter intimidade com a Palavra de Deus, reflete a
vida à luz dessa Palavra e vai amadurecendo sua vida de fé.
• Fortalece os laços de amizade entre vizinhos, famílias e grupos, abre espaço para a partilha do saber, incentiva a convivência no amor, na justiça, na solidariedade e na unidade.
• Fortalece os laços de amizade entre vizinhos, famílias e grupos, abre espaço para a partilha do saber, incentiva a convivência no amor, na justiça, na solidariedade e na unidade.
• Desperta vocações e lideranças para o serviço do Reino, nos diversos ministérios da Igreja.
• Incentiva as pastorais, movimentos e grupos a criar a comunhão na diversidade da Igreja.
• Renova a identidade do ser cristão e fortalece a consciência da missão da Igreja, no compromisso com os ensinamentos e a prática de Jesus Cristo. É uma forma de catequese contínua.
• Evangeliza, encorajando os fiéis a assumir os desafios do mundo atual, tais como o individualismo, a violência, a exclusão e outros.
• Busca na prática da solidariedade, na promoção humana e no respeito mútuo a defesa da vida em todas as dimensões, dando continuidade ao projeto de Jesus que veio ”para que todos tenham vida em abundância” (Jo 10,10).
6 Como ser
animador e animadora dos GBF?
• O animador e a animadora é uma pessoa entusiasmada pela Palavra de Deus e pela comunidade. Conhece a proposta dos GBF e assume a missão na gratuidade, no amor e na doação.
• É uma pessoa alegre, perseverante, animada, consciente e convicta de sua missão. Alimenta sua fé na oração e na escuta da Palavra de Deus.
• É aprendiz, vive o discipulado junto ao mestre Jesus. Tem como projeto de vida o anúncio do Evangelho.
• Acredita no Deus da vida e da libertação, e tem esperança em Jesus ressuscitado, vitorioso.
• Sabe escutar e dialogar, é paciente diante das diferenças e dificuldades, dando vez e voz a cada participante.
• Busca a formação contínua, participa de encontros em âmbito paroquial, comarcal e arquidiocesano.
Portanto:
Promover os Grupos Bíblicos em Família e participar deles ativamente é modo
excelente de caminhar em comunhão com nossa Igreja Particular.
Conscientes de
ser “discípulos missionários”, na Arquidiocese de Florianópolis, nos
comprometemos, já na Assembléia de 29/06/2001, com o objetivo de “Evangelizar,
sendo Igreja seguidora de Jesus Cristo, na palavra, no testemunho, na oração,
na partilha e na fração do pão, envolvendo as forças vivas da Arquidiocese, a serviço
da vida plena e da esperança”.
Temos firme convicção de que os Grupos Bíblicos em Família são uma bênção de Deus para a Igreja. Ajudarão a alcançar o objetivo de nossa Ação Evangelizadora.
Temos firme convicção de que os Grupos Bíblicos em Família são uma bênção de Deus para a Igreja. Ajudarão a alcançar o objetivo de nossa Ação Evangelizadora.
• dando testemunho de Jesus Cristo e da força transformadora de sua Palavra
(Is 55,10s);
• indo ao encontro do povo, e reunindo as pessoas em pequenos grupos (nas casas, condomínios, apartamentos e outros), como Igreja doméstica, a exemplo das primeiras comunidades cristãs (At 2,42 );
• incentivando a “espiritualidade de comunhão” (NMI, 43) e favorecendo a experiência do amor e da unidade de Deus Uno e Trino;
• celebrando a vida em comunidade e integrando oração, reflexão e ação, no compromisso com o projeto de Jesus Cristo “para que todos tenham vida” (Jo 10,10);
• despertando nas famílias e nos grupos os valores éticos e cristãos, e mostrando as exigências de Deus no cotidiano da vida (Mt 5,ss);
• vivendo a caridade e promovendo a solidariedade, a partilha, a entre-ajuda e o amor fraterno entre os membros dos grupos e as comunidades em que vivem (Jo 13,12s).
Maria Glória da
S. Luz
Coordenadora Arquidiocesana dos GBF
Coordenadora Arquidiocesana dos GBF
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